
Salão de Gramado: design e recuperação socioambiental
O Salão de Gramado é um dos mais importantes eventos do cenário do design brasileiro. Em 2025, ele acontecerá entre 16 e 19 de junho no pavilhão Serra Park, em Gramado. A Lovato marcará presença com uma seleção de novidades e de clássicos do nosso catálogo – inclusive a chaise Oásis, nosso grande lançamento de design inovador e icônico.

A feira, porém, traz consigo um propósito muito profundo nessa edição: é o evento de retorno após os desastres de 2024, que marcaram o estado do Rio Grande do Sul com enchentes, alagamentos, deslizamentos e outros problemas trazidos pelas fortes chuvas que aconteceram entre maio e junho do ano passado. Essa tragédia climática representou um marco para a história do estado e do país como um todo, que voltou seus olhos para a região, para a emergência climática e para os cuidados e preparações que precisamos ter na iminência de uma realidade bastante diferente para o país e para o mundo.
A combinação entre os eventos do Rio Grande do Sul e o Salão de Gramado sugere uma reflexão sobre o papel do design no cenário socioambiental contemporâneo. Afinal, estamos todos juntos nessa, cada um com sua responsabilidade. E, por aqui, falamos muito sobre materiais e técnicas mais inteligentes para os novos tempos. Hoje, sugerimos um cruzamento entre conceitos importantes da ciência e do design. Vamos falar sobre como conseguimos encontrar os três pilares da reflexão ambiental com o design, e como lugares como o Salão de Gramado podem nos ajudar a colocar mais essas reflexões em prática.

1. Mitigação
O termo “mitigação” corresponde às ações que repensam as emissões de gases do efeito estufa e à forma como lidamos com responsabilidade atmosférica das indústrias. No design, nos responsabilizamos por pensar em formas, materiais e conceitos que viabilizem técnicas menos impactantes de produção – por exemplo, a produção artesanal, que depende menos de maquinário abastecido com materiais emissores derivados do petróleo. A Lovato é uma das indústrias artesanais presentes no Salão de Gramado, para onde vamos levar uma seleção incrível das nossas peças focadas em sofisticação durável artesanal.
2. Adaptação
As medidas de adaptação climáticas dizem respeito às ações de médio prazo que podemos tomar sobre processos já existentes na nossa sociedade – isto é, dar manutenção à forma como estamos acostumados a elaborar nossos processos para que eles sejam mais adequados à nossa nova realidade. Na arquitetura, falamos muito sobre a instalação de áreas verdes e os projetos biofílicos – afinal, a adaptação fala muito principalmente sobre a adaptação de sistemas naturais. No design, isso se transporta através da viabilização de projetos que sejam capazes de resistir e adaptar-se aos efeitos das mudanças climáticas, como temperaturas extremas, inundações, secas e eventos climáticos intensos, com a seleção de materiais e técnicas de construção, a incorporação de soluções de engenharia e a consideração de estratégias de paisagismo que visam reduzir a vulnerabilidade dos projetos aos impactos climáticos. A adoção de práticas de design que visam a adaptação climática promove o uso eficiente de recursos e a redução do impacto ambiental dos projetos, além do foco em durabilidade e em projetos de baixo impacto ambiental.
3. Resiliência
Finalmente, a resiliência climática corresponde aos projetos de longo prazo para a subsistência dos sistemas urbanos em meio a um novo cenário socioambiental. Essencialmente, a resiliência climática no design, tanto arquitetônico quanto de produtos, envolve a capacidade de um sistema ou objeto se adaptar, resistir e recuperar-se dos impactos das mudanças climáticas. Isso significa projetar com a previsão de possíveis eventos climáticos, utilizando materiais e técnicas que aumentem a resistência e a capacidade de recuperação, e, em alguns casos, considerar o impacto do design na mitigação das mudanças climáticas. Uma estratégia muito eficaz é a do design passivo, que sugere aproveitar as condições climáticas naturais, como ventilação e orientação da construção, para reduzir a necessidade de sistemas de climatização.
Em eventos como o Salão de Gramado, porém, enxergamos a resiliência também como a viabilização da recuperação econômica em cenários extremos. O Salão deixou de acontecer em 2024 tanto pela segurança de todos os participantes, quanto pela solidariedade frente à seriedade da situação enfrentada pela região. Resiliência é, por essência, viabilizar a continuidade das nossas atividades humanas, seja quais forem, em qualquer cenário (com respeito ao meio-ambiente e à sociedade). Viabilizar cenários de movimentação da economia permite injetar recursos em situações de emergência, permitindo que as regiões recebam o que precisam para regenerar seus cenários – sejam eles físicos ou não.

Um evento como o Salão de Gramado é muito mais que um encontro de alto design. Ele carrega significados de resiliência, recuperação e força para uma região que merece nossa atenção. E convidamos você a prestigiar a nossa participação: estaremos lá entre 16 e 19 de junho de 2025, no Serra Park, com um estande incrível localizado na rua A (espaço Q8). Lá, vamos mostrar o melhor em mobiliário durável, resistente e atemporal do nosso catálogo, além das nossas soluções sustentáveis para um futuro resiliente e repleto em design. Esperamos você para acompanhar esse evento junto conosco – e nos vemos na sexta que vem!
Um abraço,
Studio Lovato
Leia mais.
Descubra mais do universo da Lovato. Veja mais postagens »