Arquitetura Verde: conheça 4 técnicas que estão ao seu alcance

A arquitetura verde é um movimento do design construtivo focada em minimizar os danos ambientais do mercado de edificações. Isso significa que o foco dessa abordagem é em propor técnicas sustentáveis, de alta eficiência e de baixo impacto para projetos de todos os tipos – inclusive, claro, os projetos para áreas externas. Hoje, convidamos você para conhecer um pouco mais sobre essa abordagem e sobre como a Lovato pode ajudar a aplicar técnicas mais ecológicas em projetos indoor e outdoor. Vamos lá?


Mas antes, um alerta – o que é realmente sustentável para a arquitetura?

Existe um grande desafio para o mundo atual no que diz respeito às ações realmente sustentáveis. Em um cenário onde a educação ambiental é tendência, termos como o “greenwashing” – assumir ações comuns, que não geram grande diferença, como grandes soluções ecológicas para “ganhar pontos” – surgem com força. Na arquitetura, que é uma das indústrias com mais impacto no estado permanente do nosso planeta (afinal, construímos edificações para durar!), não podemos assumir meias ações: nossa atitude precisa ser consciente para que a pegada que deixamos no planeta seja positiva. Então, nada de assumir um projeto como eco por ações superficiais, ok? Nossa responsabilidade vai além dos interiores biofílicos e dos painéis solares nos telhados. No entanto, ainda podemos propor soluções simples para viabilizar projetos mais ecológicos ao alcance de todos.


A arquitetura verde se baseia em técnicas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) para propor soluções mais sustentáveis para edificações. A indústria da construção é uma das que mais gera impacto, seja em termos de emissão de carbono, produção de lixo ou modificação do uso do solo e da biodiversidade, e isso é um desafio que exige uma mudança de consciência global para a sua superação. Enquanto grandes empresas já oferecem propostas de matérias-primas que compensam carbono, promovem a reciclagem de resíduos ou trazem outras soluções ecológicas para a arquitetura, os desafios enfrentados no âmbito do projeto muitas vezes se tornam ainda mais difíceis pela forma como essas soluções ainda são inacessíveis – seja por custo, seja por ainda não serem comumente comercializadas. Pensando nesse desafio, separamos quatro soluções práticas e faceis de serem aplicadas em qualquer projeto para viabilizar a arquitetura verde além da arborização e da biofilia (que não devem jamais ser descartadas!).

1. Uso consciente do solo

Precisamos de edificações, e para construir edificações precisamos de espaço. A escolha de locais de implantação já urbanizados, que não precisarão destruir ecossistemas nem modificar as condições naturais do espaço, é uma solução primária para a arquitetura ecológica. Porém, mesmo a obtenção de espaços urbanizados passa muitas vezes pelo desafio da manutenção da biodiversidade local – por exemplo, quando há a necessidade de transformar terrenos arborizados para implantar novos edifícios (uma escolha que dificilmente parte do arquiteto). Nesse caso, a proposição de projetos com a aplicação de Técnicas Compensatórias é essencial: soluções de pavimentação permeável, telhados verdes e bacias de retenção são algumas das soluções que diminuem o impacto da impermeabilização do solo e da expansão urbana, diminuindo alagamentos e criando soluções para ilhas de calor.

2. Materiais e obras inteligentes

Tijolo e argamassa já são coisa do passado. Bioconcretos e bioplásticos, que usam soluções de reciclagem para elaborar materiais de construção resistentes, são soluções que vêm tomando cada vez mais espaço no mercado – porém, é fato que elas ainda são propostas de valor mais elevado. As soluções mais simples para a construção consciente de edificações estão nos materiais pré-moldados, que reduzem o tempo de construção, o uso de água e a pegada de carbono do processo construtivo. De acordo com uma pesquisa da instituição britânica WRAP (Waste & Resources Action Programme), que pesquisa a redução de resíduos e a economia circular, práticas de construção modular reduzem o impacto ambiental do canteiro de obras em 90%. O nome desse processo é Lean Construction – em português, Construção Enxuta. Mais rápido, mais barato e mais sustentável: não há prejuízo aqui.

3. Materiais feitos para durar, não para descartar

Uma frase-chave da vivência eco-friendly é a que diz que “o objeto mais sustentável é aquele que você já tem”. Nesse sentido, não é consciente adquirir itens já pensando no seu descarte, tampouco substituir coisas que você já possui e que estão funcionando bem por itens novos só pela sua função ser mais sustentável (afinal, assim você estará gerando um lixo desnecessário). Isso também se aplica à arquitetura e ao design: a escolha de materiais que perduram e que não têm data de validade definida é fundamental para evitar o descarte prematuro de objetos e edificações. Na Lovato, viabilizamos essa prática através da seleção minuciosa de matérias-primas duráveis e da garantia de que nosso produto realmente cumpre sua função de resistência enquanto mobília outdoor – na chuva ou no sol. Oferecer técnicas de manutenção e uma boa assistência técnica ao invés da substituição e descarte de produtos é uma estratégia chave para o design – assim como a reforma e a reabilitação de edifícios também é uma chave para a arquitetura.

4. Design atemporal

O descarte de um objeto ou a demolição de uma edificação geram impactos consideráveis na natureza, mas nem sempre esse descarte acontece somente por imposição da data de validade de uma matéria-prima: a vontade de renovar, de ter um espaço mais contemporâneo ou um objeto com design mais moderno também nos leva a descartar itens que ainda poderiam ter uma vida útil mais significativa. Na Lovato, contornamos esse problema através da promoção de um design atemporal: estudamos o design a fundo e entendemos além das tendências. Queremos oferecer peças que atendam a demandas de mercado com um design que jamais ficará datado – sem excessos ou exageros, que poderá se encaixar em qualquer tipologia de projeto. E isso pode ser oferecido também na arquitetura através de ideias adaptáveis, modulares e livres de detalhes supérfluos. Pensar o propósito de cada detalhe, projeto e edificação é a chave para um desenho mais eficaz e sustentável.

A melhor forma de medir o nosso impacto é pensar no que nós, enquanto indivíduos, deixaremos para trás quando não estivermos mais aqui. Claro, é impossível vivermos uma vida sem deixarmos uma marca no planeta, mas podemos fazer com que essa marca seja positiva – ou pelo menos neutra.

Nos vemos na sexta que vem!

Um abraço,
Studio Lovato

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